Só porque o gringo vai nadar uns 5000 e poucos quilômetros em um rio, onde estará sujeito ao ataque de candirus, poraquês, tubarões cabeça-chata, piranhas e jacarés, a imprensa já começa a idolatria. Mal sabem eles da jornada enfrentada por Aloroth, Kisáti Raderáti, Skywalker e Oallirum na busca pelo membro de cerâmica!
A saga começou durante um banquete no castelo gótico de Mr. Preis, onde estava sendo celebrada sua partida para as Terras Ermas - também conhecidas como "Chapéu da América" -, e onde também foi feita a refilmagem do clássico Pinóquio. Entre um trago e outro de hidromel Aloroth ouvia atentamente as palavras de um viajante, Mr. Lorenzo Iguana. O mochileiro contou a história de um povo monstruoso, com pessoas horríveis, que ouviam samba, hip-hop, e diziam coisas como "O sol tá quente hoje, né?". Entretanto, eles guardavam um item que não se encontra em qualquer RPG (nem em Tibia). Esse objeto, que traria um poder infinito à quem o possuísse, era o membro de cerâmica.
Aloroth logo se interessou. Junto com Oallirum, Skywalker e Kisáti Raderáti, eles formariam uma irmandade-fraternidade-sociedade, e iriam em busca do troféu. Uma busca de 10000 km. A pé.
E então eles partiram. Sua primeira parada foi na Steel Records, conhecida loja de produtos bizarros, como um CD do Guns and Roses. Após terem abastecido seu estoque de suprimentos, deram prosseguimento à viagem. Após terem percorrido algumas milhas, deteram-se no Balada's Bar, conhecido pub do distrito de Criciúma (virou distrito após ser anexada por Forkilhiña durante a guerra dos 3,5 anos). Lá era o reduto de Sir Sombrio, que gargalhou da cara deles. Skywalker quase o matou com seu Chewbacca de bolso, mas foi contido pelos demais.
Após alguns dias de caminhada (e várias jardas percorridas), eles enfrentaram o primeiro grande desafio: expulsar ou não Oallirum do grupo, pois ele cantava insistentemente a música Ai, Wilson, Vai, hino do último Planeta Atlântida. Decidiram pela não-expulsão, pois ele poderia matá-los com suas eructações caso se sentisse contrariado.
Prosseguindo na jornada, lá pelo km 3137 eles alcançaram as margens da BR-101, onde um inimigo inusitado apareceu. Ele se chamava Pasquale, e avisou aos viajantes que não poderiam passar caso não superassem seu desafio de gramática. Kisáti Raderáti, que além de mestre Pokémon era discípulo do professor João Botafogo, aceitou o desafio. Caso perdesse, teria que servir à Pasquale para o resto da vida. E então veio o desafio: conjugar o verbo "polir" no presente do indicativo! Raderáti lançou um grito extremamente agudo, uma mistura de Britney com Tiozão Death Metal, porém não foi capaz de superar a prova. Ele ficou no caminho, e até hoje contribui com os Guerreiros Churros direto da casa de seu amo.
Embora transtornados com a perda de um camarada (não é o camarada Stálin), eles seguiram seu caminho. Sua falta era sentida com maior freqûencia à noite, pois era Raderáti quem lia os livros do Barry Trotter para os outros dormirem. Na altura do km 6873, lá perto de onde o vento faz a curva, eles encontraram mais dois inimigos mortais. Eles eram Juriel e Muliano, habéis mestres samurais munidos de nunchakos, tonfas e tridentes. Enquanto Aloroth e Oallirum adiantavam-se (fugiam...), Skywalker ficou para combatê-los. Infelizmente para ele, seu sabre-de-luz duplo herdado de Darth Maul não foi páreo para a dupla dinâmica. Skywalker foi escravizado, e até hoje faz os trabalhos escolares para os dois lutadores.
Agora Aloroth e Oallirum contavam apenas um com o outro. Entre uma e outra canção da Avril Lavigne ou alguma piada infame, eles finalmente chegaram ao local de seu desejo. A aldeia dos bárbaros, que mais parecia um acampamento do MST, estava cercada pelos homens de Marcola, sucessor de Mula na presidência do Brasil. Aloroth não pensou duas vezes: jogou o pseudo-headbanger Oallirum no meio da aldeia. Vendo-se cercado, o Guerreiro Churro lançou uma mortal erupção ruidosa de gases do estômago pela boca contra os guardas. Eles caíram mortos, mas Oallirum também desabou. Utilizou poder demais. Enquanto isso, Aloroth aproveitou para entrar no Templo de Kami-Sama e retirar o membro de cerâmica das mãos do Sr. Popo. Ele deixou Oallirum lá mesmo, visto que este sabia o caminho de volta para casa.
Ao tocar o objeto, Aloroth sentiu seu imenso poder e disse que gostaria de voltar para casa, mas não a pé. Imediatamente apareceram a nuvem voadora do Goku, a Millenium Falcon, um Charizard e uns três megazords. Ele embarcou no megazord da Ranger Amarela e em pouco tempo estava de volta em sua morada.
Ao chegar em casa, Aloroth pendurou o membro em um lugar de destaque em sua sala de estar, e esta virou alvo de peregrinações de otakus e hobbits de todo o mundo.
Aloroth nunca mais teve paz.

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