Saturday, April 07, 2007
Psicodelismo Tupiniquim
Quando Gregor Samsa despertou, certa manhã, de um sonho agitado, viu que se transformara, em sua cama, numa espécie monstruosa de inseto.
Ele não pôde conter sua felicidade e exclamou:
_Estou salvo!
Gregor, dezessete anos, assim como muitos jovens de sua idade, prestaria o concurso vestibular no final do ano. E para medicina, aquele curso no qual alguns centésimos a menos podem comprometer a aprovação. Ele estava receoso quanto à sua capacidade, mas agora isso não era mais um emprecilho.
_Viva o sistema de cotas! - bradava em alto e bom som.
Ele então procurou um desses pseudo-intelectuais de esquerda, adeptos do politicamente correto.
_Se índios e negros são aceitos fazendo menos pontos do que os brancos, então eu também mereço uma parte das cotas!
_Certamente! A sua "minoria também deve ser representada.
E o debate passou a dar-se em nível nacional. Sindicalistas, sem-terras, o movimento estudantil, todos queimavam bandeiras ianques e protestavam contra a "globalização capitalista neo-liberal" que impedia os meio-insetos de freqüentarem os bancos escolares. Até o supremo apedeuta se manifestou:
_Deixem o companheiro homem-inseto estudar!
E, mesmo com corajosas vozes contrárias (burgueses, neo-nazistas, entre outros), a lei foi aprovada. A partir daí, neste lugar psicodélico chamado Brasil, homens-inseto passaram a usufruir de cotas nas universidades.
Ele não pôde conter sua felicidade e exclamou:
_Estou salvo!
Gregor, dezessete anos, assim como muitos jovens de sua idade, prestaria o concurso vestibular no final do ano. E para medicina, aquele curso no qual alguns centésimos a menos podem comprometer a aprovação. Ele estava receoso quanto à sua capacidade, mas agora isso não era mais um emprecilho.
_Viva o sistema de cotas! - bradava em alto e bom som.
Ele então procurou um desses pseudo-intelectuais de esquerda, adeptos do politicamente correto.
_Se índios e negros são aceitos fazendo menos pontos do que os brancos, então eu também mereço uma parte das cotas!
_Certamente! A sua "minoria também deve ser representada.
E o debate passou a dar-se em nível nacional. Sindicalistas, sem-terras, o movimento estudantil, todos queimavam bandeiras ianques e protestavam contra a "globalização capitalista neo-liberal" que impedia os meio-insetos de freqüentarem os bancos escolares. Até o supremo apedeuta se manifestou:
_Deixem o companheiro homem-inseto estudar!
E, mesmo com corajosas vozes contrárias (burgueses, neo-nazistas, entre outros), a lei foi aprovada. A partir daí, neste lugar psicodélico chamado Brasil, homens-inseto passaram a usufruir de cotas nas universidades.
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