Saturday, March 15, 2008
Feiticeiras bóiam
A UFSC possui uma vasta fauna de personagens. Sejam eles hippies revolucionários, UFSCães ou goblins, um segmento destacado é o de professores "alternativos". Depois da professora oriunda do CFH que proferiu um discurso para os calouros do CCJ e do CSE sobre os benefícios da maconha, do Hugo Chávez e do arco-íris, foi a vez de Nördlich poder constatar o pensamento de um ministrante de História do Direito.
Os alunos foram transportados para os primórdios europeus, na época em que os visigodos, ostrogodos, burgúndios, alamanos, saxões, galo-romanos e outros 17 povos bárbaros citados pelo mestre dominavam o cenário. Explicações surreais surgiram então:
Prof.: - Os povos nômades não possuíam leis escritas. Quando eu, um bárbaro, andava pelas planícies e charcos do norte da Europa, queimando vilas, arrasando colheitas e estuprando camponesas, eu pensava: Por que eu não posso fixar-me em um lugar, para explorar meus próprios servos e estuprar as minhas próprias camponesas?
E continua...
Prof.: Quando eu, um saxão, raptava uma moça e não pagava à família três vacas (cinco se a mulher fosse nova), era submetido a um costume. E que costume? Chamavam os velhinhos islandeses da minha tribo e perguntávamos para eles o que deveria ser feito. Aí eles se reuniam ao redor do carvalho sagrado e decidiam a punição conforme os deuses pagãos ordenaram na época de seus pais e dos pais de seus pais.
Também tem disso...
Prof.: - Coisas estranhas ocorriam na idade média. Nuvens de gafanhotos eram excomungadas e animais eram julgados em tribunais. Um porco, após matar uma criança, teve direito a um júri. Foi realizado um filme sobre esse caso, chamado de "The Hour of the Pig" e, no Brasil, "O Advogado" (nisso o professor aponta para um aluno). "VOCÊ deve estar pensando que "The Hour of the Pig" significa "Advogado" em inglês. Mas NÃO é. Beleza de tradução, né?"
E disso...
Prof.: - Para constatar que uma mulher era bruxa, era só tentar marcar ela com um ferro em brasas. Se ela não for bruxa, Deus irá protegê-la. Também havia a opção de jogá-la em um rio. Se ela fosse normal, afundaria. Se tivesse poderes, flutuaria. Sim, FEITICEIRAS BÓIAM!!
Sem esquecer disso...
Prof: - Havia Carlos Magno, mas antes veio o imperador Pepino, e também teve Alarico, e o bárbaro Eurico, e o rei Barbarossa, mas não precisam decorar esses nomes para a prova, pois essa aula não é uma revista Caras das monarquias medievais.
E por fim...
Prof.: - A Igreja medieval possuía um poder muito forte. Por isso os homens daquela época tinham uma preocupação em especial: eles temiam que o céu caísse sobre suas cabeças, como um Obelix da antigüidade.
E tudo isso em uma só aula. Quem sabe ele não acabe falando de Star Wars até o fim do semestre?
Labels: Informações, Leituras, Medieval
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Interessante é o argumento que feiticeiras bóiam, como será que ela chegou a tal conclusão? Com ajuda do Sir Bedevere, é claro.
E os povos bárbaros não eram nômades, pelo o que saiba.
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E os povos bárbaros não eram nômades, pelo o que saiba.
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