Friday, July 04, 2008
Banquete
Dezessete filas de mesas imensas como estrados estendiam-se, lado a lado, em todo o vasto comprimento do salão, cercadas por bancos da mesma extensão. Nestes quilométricos assentos os convidados, cessado o estupor da novidade, sentaram-se para dar início à grande comilança. Havia ali toda espécie de alimentos que a mente humana possa conceber. Destes, sobrepujava a caça abundante, assada em gigantescas fogueiras erguidas a céu aberto, onde haviam sido improvisados verdadeiros matadouros. Ali, os cozinheiros, inteiramente despidos, chapinhavam furiosamente de lá para cá em córregos de sangue, carregando nos ombros postas, quartos e até mesmo carcaças inteiras para serem lançadas sobre as labaredas insaciáveis.
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Naquele dia, pois, muitos comeram e beberam até morrer - morte esta que, para um nórdico autêntico, era a segunda melhor de todas as mortes. (A mais nobre, segundo o consenso viril da época, era a morte em combate).
FRANCHINI, A. S. SEGANFREDO, Carmen. BEOWULF: recriação em prosa do poema medieval inglês. Porto Alegre: Artes e Ofícios, 2007. p. 17.
Comer javalis assados e beber hidromel no crânio dos inimigos retalhados em combate? Não parece de todo ruim...
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Naquele dia, pois, muitos comeram e beberam até morrer - morte esta que, para um nórdico autêntico, era a segunda melhor de todas as mortes. (A mais nobre, segundo o consenso viril da época, era a morte em combate).
FRANCHINI, A. S. SEGANFREDO, Carmen. BEOWULF: recriação em prosa do poema medieval inglês. Porto Alegre: Artes e Ofícios, 2007. p. 17.
Comer javalis assados e beber hidromel no crânio dos inimigos retalhados em combate? Não parece de todo ruim...
Labels: Leituras, Viking Metal